Achel Tinoco é poeta e escritor e o autor
tem várias obras, como:
"Outra parte de mim";
“Okavango”;
“Retrato sobre tela (prefaciado pelo prof. Jorge
Portugal)”;
“Vilarejo dos anjos (prefaciado pelo prof. Pasquale
Neto)”;
“Até parece que foi sonho — sobre a vida de Tim Maia (prefaciado pelo
cantor Ivan Lins)”;
“As nudezas secretas de Eleonora (prefaciado pelo escritor José
Louzeiro)” e;
“Batalha de Mestre (prefaciado pelo imortal Moacyr Sclair)”.
Além destas obras o autor, têm outras, confira na entrevista abaixo, depois de ler o texto “DO JEITO QUE ESCREVO”:
“Batalha de Mestre (prefaciado pelo imortal Moacyr Sclair)”.
Além destas obras o autor, têm outras, confira na entrevista abaixo, depois de ler o texto “DO JEITO QUE ESCREVO”:
DO JEITO QUE ESCREVO
Escrever é simples
como o surgimento de uma ideia. Não quer dizer que toda ideia seja boa, do
mesmo jeito nem todo mundo conseguirá escrever bem.
Se você se predispuser a escrever,
simplesmente escreva como se não tivesse outro compromisso amanhã, e depois
leia, e depois escreva tudo outra vez, porque só você pode expor sua ideia,
ainda que não tenha a qualidade desejada ou pensa que ela tenha.
Como um amante que nunca escreveu um
verso, mas se ver poeta ao perder sua amada e é obrigado a lhe enviar cartas e
mais cartas com os dizeres mais bonitos e sentidos e vividos que ele jamais
pensou conceber e ela jamais acreditou existir. A tudo, dar-se o nome de
poesia, porque diz que o amor é um verso a ser acabado — no caso do compromisso
desfeito, um poema despedaçado.
Mas toda forma de expressão pode ser
válida conquanto a sua pena não seja mais arrogante que o sentimento por quem
se escreve, por isso não o faça perder o raciocínio, muito menos a cabeça.
Da minha parte, escrevo porque
descobri essa fonte de prazer mais do que as dores de amor pelas quais já
passei e que me fizeram perder tanto tempo. No entanto, depois de compreender a
inutilidade dessas dores, escrevo mais e ainda consigo brincar com a ideia de
que as senti com o propósito único de escrevê-las desdenhosamente.
Por tudo isso, e por mim mesmo, eu
tenho a sensação de que posso me imortalizar quando quiser no chá das cinco de
alguma Academia e erguer um brinde à
obra-prima escrita por mim simplesmente, sem outra pretensão que não fosse a de
exercitar o ato em si.
Então, se assim for, que você também
possa começar a escrever, senão por outro motivo, para aumentar sua
credibilidade pessoal, já sabendo de antemão que para os outros, você será
apenas um vagabundo metido a escritor.
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Achel Tinoco nasceu na pequena São Domingos do
Capim – PA e foi criado na Bahia, na fazenda Vila Ferreira, município de
Ibirataia, sul do Estado, a 370 km da de Salvador, onde reside.
Leia agora a entrevista com o escritor...
Achel Tinoco, conte um pouco de sua carreira como
escritor?
Comecei
a escrever por volta dos 16 anos, quando cheguei a Salvador para estudar.
Escrevia poeminhas nos cadernos das colegas, e assim comecei. Em 1988 lancei
meu primeiro livro de poemas, chamado OUTRA PARTE DE MIM, e em 1995 escrevi meu
primeiro romance, chamado RETRATO SOBRE TELA, e não parei mais de escrever.
Larguei tudo e fui me dedicar à escrita. Continuo sonhando...
Como foi que surgiu o escritor em você? Começou com
poesia ou prosa?
Como
quase todos os escritores, surgiu com a poesia. Meu pai gostava muito de ler,
gostava de poesia, vivia a declamar poemas de Castro Alves. Acho que comecei a
me interessar por isso.
Você consegue viver com o dinheiro da venda de seus
livros?
Na
verdade, ganho algum dinheiro com as biografias que escrevo. Apenas com a venda
dos livros seria muito difícil, e eu já teria morrido de fome, rsrs.
Você acredita que seu trabalho como escritor traz alguma relevância para a literatura?
Ah, sim, senão já teria desistido. Muitas vezes, tive vontade de desistir, de largar tudo e fazer outra coisa. Num país onde a maioria da população é constituída de pessoas com pouca ou nenhuma leitura, é quase impossível se viver apenas do que se escreve. Mas continuo a acreditar que só se faz um país melhor e mais justo com educação, acredito nisso, e luto por isso. Meu sonho era não ver mais nem um cidadão sem conhecer as letras, cegos, surdos, mudos.
E hoje em dia, porque continua escrever?
Por
amor a literatura. É tudo o que me faz bem, é a única coisa realmente que gosto
de fazer na vida: escrever. Tenho 23 livros escritos, e acho que já é uma boa
contribuição para aqueles que gostam das letras, dos livros, da leitura.
Além de escrever, prática alguma outra arte?
Não.
Já fui grande craque de bola, mas a idade me fez desistir, kkkk
Que livro você recomenda para os leitores do blog, e onde
encontrar a obra?
UM
JARDIM PARA LEONEL, AS NUDEZAS SECRETAS DE ELEONORA, O DESCOBRIMENTO DO BRASIL
PELAS CRIANÇAS, VOO LIVRE, e o mais recente, que será lançado dia 28 de agosto,
chamado O CASTELO DE WILHELM HERMANN. Nas livrarias Saraiva, Cultura, ou
pelos sites das editoras.
E fale um pouco se seu último trabalho, que será lançado
dia 28 de agosto, na Saraiva, Shopping Barra, O Castelo de Welhelm Hermann?
Neste
livro conto toda a história da Praia do Forte, de Klaus Peters. Desde os
primeiros moradores, a construção do Castelo de Garcia D'Ávila, as lendas do
lugar, a extração do óleo de baleia. Entendo que este livro é de grande
importância para os baianos, que decerto pouco sabem sobre aquele lugar
fantástico. Além de minha homenagem a Klaus Peters que comprou tudo aquilo lá
em 1970 e fez uma revolução no lugar.
O
Castelo de Wilhelm Hermann entrelaça
a história da família Peters (família alemã que chegou ao Brasil no final do
século XIX e trouxe contribuições significativas, como tantas outras imigrantes
que aqui chegaram) com a do nosso país.
A
cada capítulo, mesclo a vida de Klaus Peters com a de seu pai — o alemão Martin
Friedrich Wilhelm Peters, que um dia sonhara, à época da Primeira Guerra
Mundial, fazer do Acre um estado independente e tornar-se rei de um novo
“país”.
Klaus
Peters — nascido no bairro de predominância de imigrantes alemães, Jardim
América, São Paulo —, com seu espírito aventureiro, viajou por todo o Brasil,
confrontando o passado e o futuro de sua história, observando suas belezas e
necessidades pelos lugares por onde passou.
Foi
assim que Peters tornou-se um empresário de sucesso. Inovador, em tudo
via oportunidades. Procurado pelo arquiteto Oscar Niemeyer,
responsável pela construção de Brasília, desenvolveu toda a iluminação da rede
viária da capital brasileira. Outro parceiro e amigo de grande peso foi o
engenheiro João Augusto Conrado do Amaral Gurgel, fundador da Gurgel
Motores, “cuja inteligência e o senso de humor ele admirava”.
Comercializou
palmitos, café... “Klaus Peters prosperava, parecia estar em todas as frentes,
e muitas empresas ainda seriam criadas,” entre elas a MP – Empreendimentos
e Participações Ltda., Pitangueiras S/A., Prodim Administradora de Bens Ltda.,
Porto Grande Hotel Ltda., Planagri S.R.L., Paragrícola S.R.L., Pelux.
Mas
foi no Litoral Norte de Salvador, Bahia, que Klaus resolveu ficar até quase os
últimos dias de sua vida, e construir o seu Castelo. “...Conseguiu
realizar o sonho de transformar a Praia do Forte em um dos mais importantes
polos de ecoturismo do mundo.”
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E obrigado pela atenção.. espero termos mais contato ao vivo.. pra trocarmos
mais ideia... grande abraço!
--- Obrigado digo eu, Achel Tinoco!
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