Ando a rua
Ando a rua
jogado ao
vento.
O vento joga
o canto
na calçada.
A calçada
alça alto
a paisagem
rebento.
Existe no
outdoor
vão
e dois
números
e esses
números
não me
levarão
de volta a
existência.
A cidade é
uma estranha.
Os prédios aparecem
invisíveis.
Os carros
vão objetos não identificados.
Minha
carteira de identidade está rasgada.
Minha foto
neste documento
está séria
lacrada
do lado de
dentro
parece
intacta.
Minha alma
tem calor
e buracos e
falhas
e falas.
Do lado de
fora
Há alguém.
Ela aflora.
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