Quando eramos tudo
Esperaremos a outra vida
para descobrir se a felicidade
nos pertence?
Ou, se não há outra vida,
não daremos vida a felicidade
que nos pertence?
Tudo parece tão simples
diante da simplicidade
de quando eramos tudo.
Dói escrever cada verso
quando a terceira pessoa
somos nós.
Não escolho forçar a prosa à toa,
sei que você é mais ela
que o poema.
O engraçado
é que todo poema fora de mim,
é você.
Tocávamos solos dissonantes
e a música composta
tinha cores cativantes.
E quando fecho os olhos
sinto nos lábios seus sorrisos
e verdades.
Sinto cada vazio
que deixou de ser preenchido,
sem ti.
E seu perfume ficará
como o cheiro da chuva fica
depois de cair.
E a vida não será a mesma,
nós já não somos
nenhuma certeza.
Guto Sampaio
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