Querendo acabar com
o frio
Sou verso e o
verso
do que há fora
o Versol em pele
e beleza.
Grandes momentos de
tristeza
grandes momentos de
leveza
tempo verbal e
delicadeza.
Eu sou
e como Sol
de tudo que é vivo
em tudo que há fome
forma
na prova viva dos
que exalam barulho
na prova viva dos
que têm nomes
e reluzem brilhos e
sombras obscuros.
Eu sou lágrima lembrança
pranto do gozo
faço parte da graça
no sorriso
das notas que
cantam a boca
nos corpos, a dança
exalando ansiedade
simplificando amor
sem que as palavras
sintam calor.
Sou solto a espera
do fim da luz do
dia
que não falha
e volta sem parar
fluindo magia
criando atalhos
entro lábios
entre lábios
as línguas esperam
o fim do cigarro.
É sobre o verso que
me decreto
Canibaversos.
Alimentando o que
amo
até mesmo a dor.
É sobre as
sensações que me abocanho
versos versivos.
Alimentando, a que
dor
até mesmo o amor?
Como se fosse voo
sou.
Sou a perdição e o
perdido
predileto e inimigo
poderia decretar-me
profético
ou clichê de mim simétrico
mas poeta fico
escrevendo sons
eliminando
sensações
alimentando
borboletas, formosuras e canções.
Sou assassino do
que está à mesa, servido.
Sou a
trans pira ação
cantarolando
carreira solo
oro servidor
ora, outro autor.
Sou força
do que não se ver
e não se sente
vou comer tudo que for verso
é o que habita
minha mente.
Sou gente
saliente
vivo ou desvivo
decisivo.
Sobrevivo em estado
permanente
alimentando o que
me é latente
querendo acabar com
o frio.
O que está fora
tem seu verso macio
que uni e come
com dente vil
bem perto e de
longe
todo universo
anverso.
Varonil.
Sou metade
fora metade
dentro
cada caminho
cruzado
a espera do destino
para caminhar nesse lado
esse verso acaso
e fados.
Tudo que há
desfoque!
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