Frank
A
fila chegava até o lado de fora do banco. O calor de 39 graus e ausência de
sombra deixavam o público impaciente com a demora do atendimento. Sandra, que
já estava dentro do banco, apertada, falou com a mulher em sua frente:
_Minha
senhora, vou até o banheiro, você guarda meu lugar?
A
senhora fez um sinal de positivo com a cabeça. Um gordo que
estava atrás dela também fez sinal de positivo, ouvindo o que ela disse.
Cinco
minutos depois, Sandra retorna para a fila e vê que um homem, que não estava antes
ali, estava em seu lugar.
_Oi.
Esse é meu lugar, você entrou nele.
_Eu
sei. Te vi saindo também. Você estava em minha frente – o homem diz à Sandra.
A
senhora que estava na frente dela olhou-a sem esboçar reação, mas com o
olhar de positivo.
_Então tá, deixa eu
entrar em sua frente?
O
homem diz que sim com sua cabeça à Sandra. Ela retoma seu lugar.
Todos
perceberam que ele cortou a fila, mas reclamar em fila é falta de educação. Quando você
reclama, o reclamado não gosta e as outras pessoas que estão na fila te
acham grosso ou mal educado. Geralmente, o ‘furão’ sai como o
certo. Principalmente se a sua reclamação for num tom
mais arisco. Mas o homem que tomou o lugar de Sandra, usando de uma ótima
tática (moreno, alto, esbelto, bonito, com cara de rico, chamando atenção de homens e
mulheres), conseguiu seu lugar na fila. A boa imagem é um passaporte para a
cortesia alheia.
_Não aguento mais
esse sol – diz Sandra.
_Tá
impossível – a senhora concorda.
_Você
já ouviu uma música: Eu não me acostumo com
o sol da minha cidade... – Sandra cantarola para a senhora e, de
canto de olho, espia o homem que está atrás dela e apareceu do nada.
_Não minha filha, não ouvi ainda.
_É de um artista
daqui da cidade.
Sandra cala-se um pouco, percebendo
que o homem estava olhando para baixo, na direção da vagina dela.
Mesmo acanhada, puxa assunto:
_E você... se acostumou com esse
sol?
_Também gosto muito de música. Arte
em geral – com voz de locutor de rádio, ele responde a ela.
_Nossa, o senhor é locutor de rádio?
– A senhora, grande ouvidora de AM, pergunta-lhe.
_Não.
_Qual seu nome?
_Frank.
_Nome de artista!
_Depende do ponto de vista.
Os três riem. A fila anda.
Coincidentemente, Sandra vai ao caixa e, em menos de dez segundos, Frank também
vai ao encontro de seu atendimento no caixa. Frank termina primeiro e sai do
banco. Com os olhos, ele despede-se de Sandra e ela dele.
Três minutos depois, ela sai do
caixa e dirige-se para fora do banco. Do outro lado da rua, ela avista Frank
comprando um soverte. Ela segue seu caminho. Passa prestando atenção na rua, no
asfalto quente, pelando, nos carros que estavam por vir. Frank atravessa a rua
na direção de Sandra.
Quando ele chega perto dela,
cumprimenta:
_Oi...
_Oi.
_Refrescar é bom!
_Com certeza.
Ela fica parada na frente dele, na
sombra feita pelo seu corpo alto e forte. Ele dá risada.
_Pra onde você vai?
_Vou para a parte sul da cidade. E
você?
_Vou para a leste.
_Sei que nos conhecemos agora, mas
sinto que posso te ajudar te oferecendo uma carona.
Os dois riem.
_Vem comigo. Se vier, você tem
direito a mais um sorvete. Quer? – indaga Frank.
_Um sorvete eu até quero, mas ir com
você, não. É muito contramão – Sandra diz, preocupada com a
intenção de Frank.
_Que nada. Você é uma boa companhia.
Faço questão de te levar.
Senti uma empatia entre nós na fila.
_Também senti isso. Mas não te conheço bem.
_Tudo bem se você não precisa da
carona. Mas vamos tomar um sorvete. Você gosta de morango, acertei?
_Não muito, mas
neste calor é bom um sorvete de limão.
_É verdade. Tá na
moda deixar a boca gelada – diz Frank, sorrindo.
Os
dois tomaram seus gelados doces e conversaram mais. Sandra estava interessada
desde o primeiro momento que o viu. Mas Frank era um desconhecido e ela não queria passar a
impressão de que seria uma dessas que se abre de primeira.
_Pois
então vou indo. Vem comigo?
_Obrigada,
mas a carona fica para outro dia. Garanto a você que teremos outra oportunidade
– diz Sandra.
_Olha,
eu insisto. Eu tenho uma coisa pra fazer na região leste, posso
passar lá primeiro.
_Por
que quer dar essa carona!?
_Como
você é direta. E direita – ele sorri.
_Desculpe,
não quero ser
chata...
_Tudo
bem. Vai querer a carona ou não? E é só uma carona. Não passa disso. Só
estou sendo gentil – Frank diz, brilhando seus olhos e reluzindo seu sorriso
para ela.
Depois
de vinte segundos raciocinando, pesando o medo e sua vontade, ela aceita.
_Ok.
Mas é só uma carona, tá? – ela diz,
olhando para o chão, depois para os pés dele, depois para suas mãos, para sua calça apertada, para
a sua boca. E, depois de uma outra pausa em silêncio, analisando-o por
completo, ela completa – Vamos. Mas você tem a carteira há quanto tempo? –
Sandra sorri ao perguntar.
No
carro, Frank não para de olhar para os pés de Sandra.
_O
que que você está olhando tanto para baixo?
_Não estou olhando
para baixo, estou olhando no anglo diagonal para baixo. Compreende?
_Mesma
coisa. Diz.
_Seus
pés. Lindos, sinceramente...; sem palavras para eles.
Sandra
dá um longo sorriso e fica avermelhada.
_Desculpe
se fui inconveniente.
_Não, que é isso!
Sempre é bom pra alma feminina ouvir esse tipo de coisa.
_Então sua alma deve
ser feliz e sorridente.
Os
dois riem.
Frank
continua:
_Eu
a vejo daqui.
_Vê
minha alma? – Sandra sorri contagiosamente.
O
carro passa por um buraco. Um som de estouro. Ela assusta-se. Ele pede calma.
Sandra acalma-se, Frank encosta o carro.
_Quer
merda! Estourou o pneu.
_Percebi.
_Fique
tranquila que sou o melhor profissional para trocar pneus na região.
Ela
ri.
_Mal
te conheço, mas já gostei do seu bom humor.
Ele
desce e vai trocar o pneu.
_Vou
comprar uma água, você quer?
_Sim.
Obrigado.
Ela
volta com a água em mãos, Frank já está com o estepe fora
do carro.
_Vai
se sujar todo.
_Não tem problema,
problema é a sede. E você tem água, ou seja, tem a solução. Então, o que temos
aqui é você como solução e eu como agilizador.
_Você
costuma sempre falar bonito, querendo ser engraçado ou fica
inventando palavras? – Sandra gosta de homens de bom humor, parece que ele
sabia.
_Só
quando quero impressionar ou até bajular.
Os
dois conversam enquanto ele troca o pneu.
_Quer
me impressionar, Frank?
_Consegui?
Um
riso mais suave, bem sensual, o que é natural em Sandra.
_Pelo
visto, consegui.
_Mas,
pra que me impressionar?
_Como
eu disse, quero é impressionar, ou até te bajular. Ou seja, quero ser sincero
com esse seu sorriso por inteiro – ele fala sorrindo. – quero te bajular.
Sandra
não aguenta,
derrete-se em mais sorrisos contagiantes, mas dificulta a conversa:
_Não gosto de homens
que ficam me babando.
_Então vou arranjar um
babador até você chegar ao seu destino.
Sandra
fica calada.
_Olha,
como fui eu que te convidei, vou parar de fazer coisas que não te agrade.
Sandra
sorri e diz:
_Não é pra tanto.
Fique tranquilo. Às vezes desconfio de pessoas com boas intenções demais.
Dois
silêncios entre eles.
_Tá
com fome? – Sandra pergunta.
_Com
certeza, com fome e sujo. Vamos juntos comer?
Sandra
não reluta, por
dentro era isso que ela queria.
Eles
chegam ao bar-restaurante.
_Frank,
por que você puxou assunto comigo e me convidou para me dar uma carona?
_Olha,
hoje é sexta e já é quase hora das estrelas brilharem sem parar durante o resto
da madrugada. Sou livre quanto qualquer homem ou mulher que se interessa por
outro que tem algo a acrescentar. Você chamou minha atenção assim que
entrou no banco, não pude evitar. Fiz errado?
_Falou
uma parte como poeta, são seus versos?
_Sim.
E você, por que aceitou?
Sandra
não responde com a
boca, mas seus olhos não escondiam a satisfação de ter aceitado
a carona e a companhia.
_Eu
quero dois pastéis de carne – Frank pede ao garçom e olha para a
prateleira de bebidas.
_Quero
um também – acompanha Sandra.
_Uma
dose também?
_Não bebo bebidas
quentes. Mas uma cerveja cai bem.
_Vai
ter que tomar sozinha, Sandra. Porque vou de alcatrão.
_Se
eu tomar uma cerveja sozinha, fico bêbada.
_Se
eu tomar alcatrão sozinho, fico caído.
Sandra
ri.
_Tá
bom. Vou te acompanhar, mas tomando minha cerveja sozinha. Você fica com seu
alcatrão.
_Ok.
Então vamos ser agora uma bêbada e um caído. Não vai dar em
nada.
Os
dois riem e seus olhos tocam-se.
Depois de duas horas, já
alimentados, conversando sem a falta dum sorriso na mesa e já com os ‘pedidos’
pedidos e bem comidos, Sandra, curiosa, pergunta a ele:
_Que que cê olha tanto para baixo?
Ainda olhando para os meus pés?
_Sim. Seus pés dizem muito de você.
Outro riso de Sandra.
_Cada riso seu diz muito de você.
_Olha, fala de você então, porque estou
dizendo demais de mim.
_Não falo de você o
tempo todo. De mim, falo se perguntarem.
_Então diz de você –
Sandra insiste.
_Sou Frank, nordestino, adoro
buchada, pimenta, sol, não gosto do frio, me deixa
depressivo, e, quando fico assim, faço muitas
besteiras, besteiras incontroláveis. Tenho 28 anos, sou formado em Literatura,
mas não exerço a profissão, me sustento trabalhando na área
administrativa de uma das maiores empresas da nossa cidade. O que faço? O que sou?
Nada disso é importante perto do que vou te falar agora...
_É! O que é mais
importante que você tem pra me falar agora?
_Sandra. Sandra, Sandra!
Aproveite-me, essa pode ser a última vez que me verá. Não porque vou
embora ou sumir, dissolver como qualquer matéria, mas porque já estou gostando
demais, ou melhor, está surgindo em mim um estalo de paixão por sua pessoa
que me fará não lhe querer mais amanhã. Só por essa noite.
_Frank, você é uma graça que me faz rir.
Mas não entendi muito o que você quer dizer. Tipo, se você se apaixonar por
mim hoje, não irá me querer mais? Como assim?
Frank sorri, fica um pouco em
silêncio e diz:
_A paixão me assusta. Ela
começa no afeto e quase sempre termina no abismo. É um remédio e um
câncer para a alma.
_Nossa, como você é melodramático –
Sandra diz, sorrindo para Frank.
Já
pela terceira cerveja e pela décima primeira dose de alcatrão, ele toma
coragem e senta-se na cadeira ao lado de Sandra.
_Finalmente. Eu
tomei cada garrafa dessa bem devagar, esperando sua atitude. E ainda assim você
demorou duas garrafas e meias para sentar ao meu lado!
_Às vezes preciso
beber pra falar espontaneamente como você falou agora.
_Mais espontâneo do que isso
que você já falou?
_Sim, mais solto.
Mais leve. Mais livre para lhe dizer a verdade que sorri aqui na minha frente.
Porque realmente seu sorriso é verdade. Seu olhar é um pedido: faça o que quero,
que farei a ti.
Sandra escuta com
o sorriso no canto da boca. Frank continua:
_Vale muito a
pena este momento para engrandecer a minha vida. Pois, perto do universo, minha
vida é pequenina, mas, para este momento minha vida, meus Deus, é linda.
_Você já bebeu
demais. Tá filosofando demais!
_Bebi sim, mas
desde que entrei na fila...
_Você furou a
fila! Sabia... – outro grande sorriso de Sandra ecoa no ambiente.
_Furei porque não aguentei ver
seus pés de longe e não olhar de perto. Entrei na fila sem
ter o que fazer no banco e, mesmo só trocando miúdas palavras, vi seu pé de
perto, foi o que importou naquele momento.
_Você é louco!
_Se for pra você
sorrir assim para mim, sou sim louco, sempre louco. Na verdade, você por
inteira, quer dizer, do que vejo, e você não vê e o que não vejo e nunca
verei, ao que não vejo, mas posso “entrar” pra sentir. Entende? Você por inteira é o
que sonhei ontem à noite e achei que só era sonho. Mas não foi sonho.
Desde ontem, eu sabia que hoje estaria aqui contigo.
_Não entendi nada,
mas posso dizer que você é muito melodramático mesmo e ainda se apaixona
romanticamente à primeira vista, está conseguindo estragar o clima – Sandra
sorri com os cantos da boca.
_Não estragarei mais
o clima.
Sem perder tempo
com mais delongas, Frank a beija, segurando-a pela nuca. E já eram sete da noite.
Ela,
com o rosto colado nele, fala:
_Demorou também.
_Eu sei. Sei que demoro.
Sempre demoro.
Entra no bar uma
mulher. Sandra a conhece.
_Vamos embora.
_Por que, Sandra?
_Vamos pra outro
bar. Conheço um lugar que tem música ao vivo. É justamente na
região leste.
_Por que quer ir?
_Para ser sincera
– ela fala bem baixo no ouvido de Frank –, não gosto dessa
mulher que entrou no bar.
_Eu sei porque
é...
_Como assim você
sabe? Você me conhece de outro lugar?
Ele a beija.
_Não, moça. Calma.
_Então diz, como sabe
que não suporto aquela gorda? – Novamente pergunta no ouvido dele, sorridente.
_Ela tem isso que
você fez. Tem uma pessoa falando no ouvido dela. Sussurrando feito mosquito.
_Que pessoa?
_Um encosto. Olha
lá do lado dela, aproveita que ela não está olhando
pra cá. Não vê? É uma velha que se veste toda de branco. Ela está embriagada e agora
olha pra nós, com ânsia nos olhos e um riso na boca.
_Você é louco...
_Preste atenção e veja.
Os dois ficam em
silêncio olhando a mulher de costas sentada.
_Viu?
_Vejo só aquela
gorda...
_O que foi que
ela te fez?
_Não vale a pena
comentar.
_Eu garanto que
ela não vale nada. E digo mais: eu acho que você está vendo o que estou
vendo. Só que de uma forma diferente da minha. Daqui você vê a diaba gorda, seu
desafeto, e eu vejo o encosto. Ou seja, ela é amaldiçoada na minha visão e na sua.
_Não é pra tanto,
mas realmente não gosto dela. Vamos embora!
Às 01:34h da
madrugada, depois de terem passado em outro bar, eles estão chegando em
frente ao prédio onde Sandra mora. Um prédio com quatro apartamentos, onde cada
morador tem a chave da garagem. Não tem porteiros. É uma rua nobre da
cidade, mas, nesse horário da madrugada, não tem uma alma
viva pela rua.
_Vamos subir pela escada, o elevador
está quebrado.
_Você mora em que andar?
_No último. No quarto andar.
_A escada é escura?
_É sim. Tem medo de
fantasma?
_Na escuridão total, sim.
Eles usam do breu para me provocar – diz Frank, sendo irônico.
_Mas você não estava vendo o
encosto no bar mais cedo. Cadê o homem que vê alma e fantasma?
_No claro, eles só nos olham. No
escuro, eles falam e mostram as piores atrocidades.
_Olha: a escada é iluminada. Mas
para logo com essa conversa de espírito, que tá me deixando sem clima.
Frank, sorrindo, continua:
_Você puxou o assunto, gata. Mas,
vamos, a escada também é muito boa para outras conversas e afins.
Sandra sorri com a ajuda do álcool e
Frank segue com ela, ambos cambaleantes.
Ela
entra na frente dele e começa a subir as escadas.
_Esse seu
rebolado em minha frente: subindo fazendo curvas, me tocam em estímulo.
Sandra sorri e
para no primeiro andar, olha pra Frank e pergunta:
_Para o que você
não tem uma fala
engraçadinha?
_Só quando minha
boca está ocupada com outra coisa.
Ela faz cara de
dengo e sorri meiga. Ele abaixa-se, levanta a camisa de Sandra e a beija no
umbigo.
_Eu gosto disso –
ela fala sorrindo.
Ele a vira e
beija suas costas, perto da bunda. Abaixa um pouco a calça apertada de
Sandra e beija o início de sua bunda, colocando a língua no seu cofrinho. Ela
afasta-se dizendo e sorrindo: Sinto cócegas! Ele abraça-a pelas costas
e beija sua nuca:
_Calma, linda!
Depois dos treze anos não é mais coceguinhas, nem comichão, é outra coisa.
Ela, inclinando a
cabeça e tirando o cabelo da nuca, pergunta:
_O que é, então?
_Você tem que
descobrir – Frank diz, beijando-a na boca. Um beijo apaixonado.
Em
seguida, ele abaixa-se novamente pelas costas dela e põe a língua no
mesmo lugar. Ela tenta fugir, ele segura-a pela cintura. Levanta a camisa de
Sandra, beija suas costas e abraça-a, segurando em seus seios. Frank
levanta-se e beija sua nuca, aperta seus seios delicadamente, abaixa suas mãos, abre o botão e abaixa o
zíper da calça de Sandra.Ele abaixa-se novamente, abaixando as calças de Sandra até
a metade de suas coxas. Frank, sem perder tempo, beija a bunda de Sandra,
aperta-a com uma das mãos, a outra, enfia pela lateral da
calcinha. Sente que Sandra depila-se regulamente. Ele passa seu dedo nos lábios
que não falam entre as pernas de Sandra. Com a boca e dentes, morde sua
calcinha, puxando de lado a roupa de baixo, e, com a língua, invade as bandas
da bunda de Sandra. Ele sente na ponta de seu dedo que ela está muito molhada.
Ela inclina-se um pouco e ele enfia a língua no cu de Sandra, escorregando até
sua buceta, e lambe de cima a baixo sem parar, com o dedo no clitóris dela.
Depois de alguns segundos, ele levanta-se e a beija. Ela agarra Frank, sedenta.
Ele retribui. Ela enfia a mão na calça de Frank e pega
em seu pau, que está duro. Ela aperta. Ele abaixa a calça dela ainda
mais, levanta a camisa e beija os seus seios. Ela começa a gemer um
pouco mais alto, cheia de tesão com o dedo indicador de seu amante
em ação. Ele fala no ouvido dela: cuidado para não acordar os seus
vizinhos. Ela sorri. Ele abaixa-se novamente, bota a calcinha dela de lado,
quase que rasgando, e, com a língua, pressiona o clitóris fazendo movimento
circulares. Depois Frank abre bem a vagina e enfia e tira de dentro sua língua,
como se a comesse com um paladar voraz. Ela torna a gemer mais alto, ele não faz nada,
continua a chupá-la, lambendo a vagina de cima a baixo. Ela geme um pouco mais
alto, ele levanta-se e tampa a boca de Sandra. Por segundos, encara-a e sorri.
Antes que ela esboce reação, ele a vira, abre o botão e o zíper de
sua calça. Com uma das mãos, segura o cabelo dela pela nuca,
com a outra, abraça-a, puxando-a. Com carinho, coloca seu pau altivo e ereto entre as
pernas dela, roça alguns segundos entre as coxas e a entrada vaginal, deixando que
ele penetre sozinho, pois fica uma facilidade quando ela está molhada. Frank
continua beijando sua nuca, enfiando devagar e com algumas enfiadas fortes,
variando com a penetração mais rápida. Ora com a mão na buceta de
Sandra, ora com a mão na sua boca. Durante esse movimento, Frank bota a mão em seu bolso do
fundo da calça, fecha um pouco a mão, mas tira a mão do bolso. Eles
ficam dezessete minutos nessa posição. Até ele a virar, levantar uma de
suas pernas e enfiar, olhando em seus olhos. Frank sorri. Sandra já havia
gozado na primeira posição, na segunda, continuou muito bom,
mas não deu tempo para gozar novamente, Frank gozou. Ele abraça-a por alguns
segundos e sai de perto. Os dois vestem-se e ela diz:
_Vamos
lá em cima pro meu apartamento?
_Lógico, estou
com fome, com sede e ainda tem coisas inevitáveis que quero fazer com você.
Ela sorri
novamente. Eles sobem. Ela abre a porta, ele entra e abraça-a pelas costas
de novo. Beija sua nuca, já de pau duro. Sem cerimônia, abaixa as
calças dela e as suas também. Encaixa novamente o pau entre as pernas
dela. Ela gosta e vira o rosto para olhar para trás. Ele inclina-se e a beija.
Ela solta-se um pouco dele, vai em direção ao seu quarto,
tira suas calças, tira a calcinha e a sua camisa, tira o sutiã, deita-se de
pernas abertas e o espera, sorridente. Ele vai em direção a ela, tira a
camisa, a calça também, jogando-a por cima da cama, ao lado de Sandra. Frank
encaixa-se no meio das pernas de Sandra. Cinco minutos depois, ele a deita de
costas e penetra-a com rapidez. Entre o movimento rápido e uma abaixada para
beijar a nuca dela, ele, com destreza, enfia a mão direita no
bolso traseiro da sua calça, que estava na cama de Sandra.
Frank aperta a mão, como se tivesse segurando algo com força e raiva. Ele
tira um saco plástico do bolso de sua calça. Sandra está de
olhos fechados e gemendo mais que a vontade. Frank, com as duas mãos, rapidamente,
abre o saco e encaixa na cabeça de Sandra. Ela primeiro tenta
tirar o saco de sua cabeça, segurando os pulsos dele, depois
tenta rasgar o saco e não consegue, até começar a se debater
sem ar. Frank desencaixa-se dela e senta-se em suas costas. Ele aperta o saco
plástico com mais força e agressividade. Sandra tenta
escapar, mas só se debate e perde as forças aos poucos.
Sandra tenta. Tenta...
Frank, em cima de sua vítima, olha
para frente e vê pelo menos vinte almas penadas, espíritos, que vagam ao redor
dele há mais tempo que suas memórias podem se lembrar. Os espíritos, calados e
cheios de motivações, assistem à cena com um desespero motivador e cinzas de enxofre em
seus olhos.
Depois
de 3 minutos e 37 segundos, Frank afrouxa a mão, mas continua
em cima dela, que continua com o plástico envolvendo sua cabeça. Frank, sério,
com olhos de admiração pela sua vítima e uma face de agradecimento, como se tivesse sido
aplaudido pela comitiva dos espíritos voyeurs,
respira ofegante e com gracejos de felicidade.
Alguns
minutos depois, levanta-se, veste-se, vai até a cozinha, abre a geladeira, pega
uma maçã, começa a mordê-la. Pega uma garrafa de plástico com água, bebe parte da
água. Coloca a garrafa de plástico no seu bolso. Comendo a maçã, matando sua
fome, volta ao quarto, pega seu saco plástico assassino e guarda no bolso do
fundo de sua calça. Ele lembra que seu esperma está dentro dela. Ele sorri
ironicamente e pensa: “Será que deu tempo de ela engravidar?”.
Antes
que saísse da casa, Frank pega um pano que estava na pia da cozinha e, com o
pano em mãos, limpa possíveis rastros de suas digitais. Mas ele lembra-se
novamente de seu esperma dentro dela e deixa que a sua boa sorte o ajude.
Depois, com certo desprezo, mas ereto, masturba-se em cima do corpo de Sandra,
até gozar por cima do defunto branco e, agora, sem alma.
Frank
está no terceiro andar, descendo as escadas, ele percebe uma coisa, sobe de
volta metade dos degraus, olha no interruptor que está escrito “Favor desligar
as luzes após sair das escadas.”. Frank desliga as luzes e desce na escuridão, ouvindo belas
atrocidades dos espíritos que o seguem, assobiando um clássico de Mozart.
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