Nessa história
“A cama perfumada”, os patrões Ângelus e Margarida trazem a adolescente Rosa do
seu interior para trabalhar como doméstica na cidade grande. Mas o envolvimento
dos três sai do campo profissional e entra em uma redoma de comportamentos
predatórios e sádicos.
O trecho
abaixo narra onde já estava chegando uma parte desse triângulo: a relação
entre o Ângelus e Rosinha.
“
Um ano e meio
depois da chegada de Rosa, sua relação com Margarida ora intensificava e ora
tranquilizava, mas não mudava muito. Já o amor entre ela e seu patrão acontecia
todos os dias. Ângelus, apesar da idade, tinha fôlego de um adolescente de
dezessete anos. Com o passar dos dias, ele, sempre estranho, mudava cada vez
mais a forma de transar e gravar as cenas. Virou febre fazer esses vídeos
caseiros.
_Eu quero o novo,
cansei do igual – ele queixava-se e inventava um novo quadro para filmar. Rosa,
que o amava, mesmo se incomodando um pouquinho com algumas das novas ideias de
Ângelus, sempre compartilhava. Essas experiências faziam parte do que ela
escolheu. E Ângelus continuava inovando: amarrava e enfiava nela, de forma
estúpida, sua pica, e objetos estranhos eram penetrados em via dupla. Rosa
machucava-se toda, mas o amor curava. Quando ele não a amarrava com cordas,
eram com cipós, cintos. Quando não estava mais tão ereto, eram vibradores,
pepinos, velas consideravelmente grossas, garrafas plásticas e vazias de água
mineral, etc. Tudo com interesse em vê-la sendo deflorada e gemendo. Quando ele queria sentir mais poder,
amordaçava-lhe de um jeito que a fazia perder o ar, e a comia dessa forma. Ela
gritava de dor, com o pau de Ângelus em seu cu e uma garrafa ks de Coca em sua
boceta. Sem citar a máscara, que se tornou quesito obrigatório no sexo dos
amantes. Isso o deixava loucamente excitado. Tão excitado, que Ângelus começou
a comprar vários tipos de máscaras diferentes para usarem nas gravações. As
máscaras eram das mais engraçadas, como de celebridades e ex-presidentes, até
as mais assustadoras como a do It (A Coisa ou o Palhaço Assassino, de S. King)
e de animais com feições assassinas e perturbadoras. Rosa tinha um pouco de
orgulho disso, apesar de seu incômodo, porque tinha certeza que Margarida não o
satisfazia como ela. E ela o amava, mesmo sendo tudo documentado. O sexo
preferido de Ângelus com Rosa era amarrá-la de cabeça para baixo, com as pernas
abertas em um ângulo que facilitasse a penetração pela vagina ou pelo cu, ou
ambos, e ainda saísse bem na tela. E os gostos mais estranhos de Ângelus eram
dois, tinha um pouco de escatologia e necrofilia. Na hora da necrofilia,
Ângelus pedia que Rosa deitasse de bruços por cima de um cobertor, que cobria
uma camada de cubos de gelo, que estava em um caixote, e que parecia mais um
caixão. E, pelas costas, ele praticava a sua sodomia filmada, no corpo imóvel e
gelado da menina. Rosa, que ficava morrendo de frio, nada falava, nem gemia.
_Não gema e não
abra os olhos, não fale nada, fique como se fosse uma morta – ele ordenava.
E quando Ângelus
envolvia escatologia, era nojento no ponto de vista de qualquer pessoa, menos
no dele e, pelo visto, no de Rosa, porque disso ela também gostou, apesar de
estranhar a ideia. Mas um dia ele pediu:
_Rosinha, amanhã
fique o dia todo sem cagar. No final da tarde, estarei em casa e eu te explicarei
por que.
Nesse fim de tarde,
com os dois nus na sala, Ângelus explica:
_Olhe, menina!
Ficarei aqui deitado e com a câmera ligada. Bote a sua máscara e venha dali –
ele aponta para a porta do quarto dela e continua. – Chegue por cima de mim, se
acocore de costas para o meu rosto e, em cima dos meus peitos, cague. Ela achou
muito estranho, mas o fez. E ele filmou o cu da garota cagando. E, depois,
masturbou-se, com ela observando-o, vendo o vídeo na TV da sala. Rosa, depois
de algumas práticas como essa, até passou a gostar e acompanhar o seu amante
nessas fantasias. Ângelus também passou a cagar em cima dela e deixar o seu cu
ser filmado, para depois trepar com Rosa vendo o vídeo. Talvez ela já tivesse a
pré-disposição para tal ação, por isso tanto entrosamento. O curioso nisso é que
ele nunca filmava o rosto de Rosa. Apesar de tudo, ela o amava. Tinha dias que
ele, de madrugada, quando Margarida estava naquele sono roncador, aparecia no
quarto de Rosa e, com ela, fazia amor de forma comum. Sem a câmera.
”
parabens.
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