Tassiano Simões, poeta russo radicado na Bahia, morador da bela Barra do Itariri, há 31 anos. Começou a escrever há apenas sete anos. E com os seus 56 anos de idade está reunindo poemas para publicar o primeiro livro. Abaixo um dos poemas que ele me enviou e disse que estaria em seu livro:
Testemunho
meio poesia
meio poético
inquilino
recessivo
decrépito pensante mediante
medido
entorpecido: sim e
não assíduo
introspecção e indescritível
paixão
acima de tudo a flor da pele
pétala amarelada e vil verde a cor de Deus
e frágil
ocupada a mente e frágil ...
sob o sol solo alaranjado amarronzado e tropical
ácido, devagar e sempre
in
All
atingindo a sola de meu pé
ao lisérgico fio de cabelo meu mais perto e apontando para o céu
fulminante, distante atuante
inquietante, abusivo corrosivo
decisivo (sempre sorrindo) lisérgico
persuasivo, amor
muito amor
dor, solidão, palavras
atas e minutas de Deus? De
Eus?
chuvas doces e frutas maduras cheias de sementes por dentro
aprendendo, querendo
contemplando, gozando, afunilando
canto, cantos centro, cento,
anos e anos
canto, cantos, adoro sons depressivos acompanhados de guitarras
depressivas e solos que elevam a condição mortal do homem para perto do enigma
impessoal infinito que é Deus
me tiram um sorriso no canto da boca
estava oca
não a boca
a alma
à alma
meio irônica
papel em branca
repicada pela luz que inversa vai como verso
assimétrica
iônica
tanta
mantra
goza
não quero fanta sem vodca
mas na minha vodca pode também gelo e soda
queria uma santa
pelo menos três
Deus mandou-me uma
que sagrada, suporta meus delírios
meio filosófico
meio bêbado
à Deus pêssego
(tentativa de rima)
quem não morde da fruta?
Animal
Animal
Frita!
natureza, beleza, arrebol
SOL
crepúsculo
Sol
caramelado
caramelando de azul
o verde a cor de Deus
que tem todas as cores Deus
o falo e o feminino-rasgo
(estão nas cores muitos dos segredos do mundo)
Simões
Tassiano
sou em dois
arroz, feijão e
farinha
(faz bem)
um
bife
(sempre bem vindo)
O peixe já vem?
já disse
vivo sorrindo! vivo sorrir do!
vivo só indo!
choro, jorro, sorriu, agrido, restrito
abrigo
e desabrigado
(estar atrás do amor e de transformá-lo)
não procure outro sentido em vida
únicas: morte, morte
acredite: sorte, sorte por
horas!
certeza e burrice
multiplica múltiplas em
vezes
vira alucinação
sou alucinação a Ayahuasca em sua garganta
e o amargo em sua língua esperando alívio
imediato
do líquido alucinógeno
divino sagrado
o próprio cogumelo depois de colhido da merda da vaca
tenho um coração bomba relógio
chorão
agressivo e persuasivo
é algo sobre mim
não sei
realmente, nada sei!
não por Sócrates, mas por mim
acabei
e refez
meio decadente
e serpente
à Deus um pêssego
a mim "amedo":
(é o nome do meu anjo do lado esquerdo)
"centelho":
(é o anjo que está no lado direito)
crespo, adoro meus cabelos crespos
sou negro de sangue
sou vermelho
anamórfico confluentemente an
(no) amor fico
fala do azul, do amarelo
do arrebol laranja
cerrado
no Porto da Barra
agora
hora ou ora?!
afunila
aurora e lua está na rua
em cada centímetro
infinito, meu sentimento me acerta
seta, meta
dois cisnes na lagoa
e peixes nadam em nada a perder e saber
sempre tanto faz
tanto sempre e algo a mais.
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