Quando perguntei ao Hugo Trincado como
eu poderia apresentar o trabalho da banda Trincado em meu
blog, ele me enviou esse texto:
Grupo musical que reside em
Teresina-Pi e navega o mundo saltando em melodia e sopro, ferindo o tempo
mantendo o olho nu.
Gente de moleira quente e coração
pegando fogo.
Se estiveres lendo, já é parte. Notaste a energia em movimento?
Se estiveres lendo, já é parte. Notaste a energia em movimento?
Boa viagem...
TRINCADO
E o seu EP de estreia realmente é uma
viagem de ritmos e boas composições. Na primeira vez que ouvir, gostei. Não
poderia ser diferente, há mais de seis anos que conheço o Hugo e sempre gostei
de sua arte.
Agora convido meus leitores para
conhecer essa viagem musical de qualidade inquestionável.
Para quem gosta de música boa, vale a
pena clicar no link abaixo e conhecer o trabalho "Todos os santos" do
Trincado.
E se você quiser saber mais sobre esse
trabalho, basta ler a entrevista que fiz com Hugo em primeiro
mão para o blog...
LINK PARA O EP "TODOS OS
SANTOS"
ENTREVISTA COM HUGO TRINCADO:
- Hugo, de onde vem a palavra
“Trincado”? É a sua banda, seu nome artístico, ou nome do seu primeiro
trabalho?
Trincado foi a forma que encontrei de
demonstrar minha fragilidade quanto artista. Fazia parte do grupo Trinco e
quando o grupo resolveu parar, me senti bem frágil. Depositei muita energia na
trinco e mais uma vez notei que abrindo portas, driblamos o tempo. A trinco me
ajudou a perceber isso, e com a paralisação do projeto eu tive que me refazer,
reavaliar meu jeito de lidar com a música e revisitar cicatrizes pra entender
meus atuais ferimentos.
Gravei um EP usando o nome Trincado,
mas hoje depois de banda formada e realizando shows, o grupo agora se chama
Trincado e a Solução.
- Qual a relevância musical e, ou
social, que o seu primeiro trabalho “Todos os santos” traz?
Não me sinto capaz de avaliar a
relevância do disco pros outros, mas foi um alívio gravar e jogar essas
cantigas no mundo, algumas são bem antigas e outras foram sentidas como
conforto, aquela mínima tranquilidade que te faz continuar depois de muita
labuta.
- Ouvindo o LP “Todos os santos”
sentir uma pegada bastante pop-regional. Esse tom regional vem de suas influências
nordestinas, ou de um regionalismo que abrange todo o Brasil, ou se limita às
suas influencias piauienses e maranhenses?
Hoje mesmo estava com um amigo e ele
cantarolou uns versos de roda de capoeira, ouvindo-o cantar fiquei pensando
como são incríveis as cantigas de roda nordestina, a influencia africana, a
facilidade verdadeira de se ritmar. O nordestino criou um jeito seu de falar o
português lusitano, uma forma bem musical, as rimas são fáceis e fortes. Passei
minha infância no maranhão sempre ouvindo as batidas do candomblé e nas festas
juninas os tambores de bumba meu boi, quando vim pra Teresina não foi
diferente.
- Senti também uma pegada de rock,
que influências musicais norteiam a sua música e composição?
Acho que todo trabalho que fiz até
hoje tem muito do rock, de guitarra porque talvez seja o estilo que mais ouço e
mais identifico na música feita no mundo, adoro guitarra, efeitos de pedais pra
guitarra, gosto da acidez do rock e adoro o peso e a verdade dos tambores e
vozes dos rituais tradicionais.
- Qual a música do LP que você
destaca para meus leitores do blog? E porque essa música?
Gosto muito de Magia Ubajara, foi uma
música que me veio meio a mata em uma serra na cidade de Ubajara-CE. Ela veio
toda pronta já com a ideia de ser um reggae com batida de bumba meu boi, um
presente, veio toda feita pro meu pensamento, letra, melodia, arranjo...só dias
depois quando voltei pra Teresina eu passei pro violão, foi mágico.
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