Bom, a Karine conheci a pouco tempo. E nesse pouco tempo ela já me afirmou que não é escritora, mas escreve esses trechos belos e vez em quando publica no facebook dela:
Fiz questão de colocar o texto dela aqui, pois gostei muito a forma poética e criativa que está escrito.
E
ele disse: “Gosto dos seus olhos, eles parecem esconder algum segredo dentro
desse olhar distante...”. E olhando para ela disse que queria os descobrir. E
ela pensava: “Maluco... não queira.” E naquele banco de praça, deitada em suas
pernas, o tempo passava. Observava-a, sentado, enquanto ela sibilava, cantando,
alguns versos de “Glass in the park”. Seu semblante era calmo. Sereno. Passivo...
Calado. E imaginou Alice, no seu próprio e estranho país das Mara”valhas”. Às
vezes, lembrava a descrição dos versos significativos e sensivelmente trágicos
e exacerbados do livro das mágoas de Florbela. Amélie, quando se encantava
pelas fábulas dos seus pensamentos, suas estranhas inspirações... E, Oliver
(seu personagem preferido, um esquisito perdido num mundo que não o
entende...), quando via seu modo meio lunático de imaginar as coisas ao seu
redor. E ria... Sobre sua maneira perspicaz de se sensibilizar por coisas que
ninguém “via”... Ou, quando ela comentava sobre seu gosto exagerado por
“reticências”, suas teorias a respeito da chuva ou sobre os “sinais” que
surgiam. E ela lhes dizia que nunca mais tinha escrito uma poesia. E ele
perguntava o por que. E ela dizia que num mundo de fábulas de Amelie, no país
das Mara”valhas” de Alice e no livro das mágoas de Florbela... Elas cá lhes
diziam que são tempos difíceis para os sonhadores, essa pós-modernidade que
torna o dia-a-dia uma loucura, deixa-nos lotado de obrigações e deveres a
cumprir (...)
Karine Aleixes
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