Essa banda eu vi começando. E já recitei algumas vezes no palco em que eles se apresentavam.
E um dos melhores recitais que fiz em minha vida, no Pelourinho, na Praça Tereza Batista, foi a convite da banda.
Aqui só tenho a dizer o quanto me sinto orgulhoso por também fazer parte da história da Pirigulino Babilake.
Assim como, sem dúvida alguma, eles fizeram parte de minha história como poeta.
Meus sentimentos são de orgulho, gratidão e paixão pelo som deles...
Veja abaixo uma entrevista que fiz com Pietro, o Cantor da banda:
Pietro,
vamos começar falando da banda Pirigulino Babilake,
Me
conte um pouco da história da banda, como e quando ela surgiu?
A
banda é composta por amigos de muitos anos. Nos conhecemos há quase 20 anos. A
afinidade pessoal veio antes da habilidade com instrumentos. Fazemos questão de
estar entre amigos. Na formação inicial éramos apenas 4: eu (Pietro Leal), Gugu
Pinto, Guto Miranda e Ronie Menezes. Era só voz, violão e percussão. Com o
tempo Ronie saiu e fomos agregando mais instrumentos e mais amigos foram
chamados pra participar. A banda hoje tem como formação eu (Pietro Leal) voz e
violão; Guto Miranda na guitarra; Gugu Pinto na percussão e voz; Davi Brandão
na guitarra; Rafael Menduyn na bateria e Tomaz Loureiro no contrabaixo.
E
o que foi produzido até hoje nesse período de história de vocês? E como ela
está inserida no cenário musical atual?
As
músicas e poesias foram surgindo junto com a vivencia e o amadurecimento do
grupo. Surgem de inspirações vivas, sentimentos reais. Enquanto o mundo da
música vinha caminhando numa velocidade cada vez maior, com EPs, singles, etc.,
nós passamos quase dois anos gravando e, em 2010, lançamos o albúm Rosa Fubá
com 19 faixas. O nome veio de uma expressão que criamos numa brincadeira no
início da banda e que servia pra definir o som que fazíamos. Rosa Fubá, além de
trazer a essência nordestina, traz a sigla de algum dos ritmos que trabalhamos:
rock, samba, funk e baião.
E
esse nome “Pirigulino Babilake”, significa o que? De onde veio?
Precisávamos
de um nome que representasse não só a nossa sonoridade, mas também a forte
influência da cultura nordestina no nosso trabalho. Nessa busca, descobri
através de um colega de trabalho que me chamou pelo bendito nome: "Fala
Pirigulino". A principio, não entendi, mas achei engraçado. Logo depois
ele repetiu, já com o sobrenome e cartão de visita: "Pirigulino Babilake,
o cara do Farol". Perguntei a ele de onde ele tinha tirado aquilo e ele me
apresentou uma coletânea de Rock'n Roll 'made in Bahia' dos anos 90, onde havia
uma música com esse nome. A música foi gravada pela banda Inkoma, na época
liderada por Pitty. Mas o que havia chamado mesmo atenção era a sonoridade que,
além de divertida, trazia algo de nordestino no nome, que mesclava algo como
'pirilampo' (como é chamado o vaga-lume no sertão) e Virgulino, nome do
cangaceiro Lampião. Já era mais que o suficiente.
Que
relevância a banda Pirigulino Babilake traz para o cenário musical atual?
A
Pirigulino vem de uma geração mais híbrida da música baiana. Admiramos nomes como Ronei Jorge,
Marcia Castro, Lucas Santana, Scambo, além das novas que surgiram com a gente
como a Maglore, Quarteto de cinco, Velotroz e Suinga. Me empolga saber que
fazemos parte dessa geração.
O
último trabalho de vocês, Rosa Fubá, sentir uma musicalidade bem nordestina,
baiana, com mistura de rock e groove, estou certo? Que mais influencias vocês
procuram incrementar no som da banda?
A
Pirigulino vem de uma geração mais híbrida da música baiana. Apesar de termos
surgido no mercado alternativo, não somos uma banda de rock ou reggae. Tocamos
e cantamos o que nos é confortável. Acho que nossa música carrega a essência de
tudo que se produziu na Bahia nas últimas décadas, sem amarras nem estilos
pré-definidos. Nossas influências são as mais variadas e tem como base tudo que
escutamos em casa através de nossos pais.
Como
foi ter a participação do Galvão, compositor dos novos Baianos, nesse Álbum?
Foi
a mais clara expressão da 'lei natural dos encontros'. Pouco depois de
batizarmos a banda, um cidadão me disse: "Pirigulino Babilake é o Galvão
dos Novos Baianos?" Fiquei encucado com a revelação. A música Pirigulino
Babilake foi feita por um 'hippie' nos anos 80 onde ele caricaturava a figura
de Galvão. Logo depois, descobri que entre Galvão e nós havia uma amiga em
comum, a também cantora Sol. Ela nos levou ao encontro dele e daí em diante foi
um banho de histórias e inspirações. O contato foi se estreitando e aos poucos
o parceiro de prosa foi se tornando um amigo de poesia. Foi quando numa
madrugada recebi um telefonema dele. Me disse que havia feito uma letra pra
Pirigulino e queria eu musicasse. Alí mesmo ele começou a recitar. Era mais que
uma poesia; era um desabafo sobre a realidade do atual mercado cultural e
fonográfico. O resultado foi fantástico. Hoje somos parceiros de tantas outras
canções.
Como
é o processo de criação musical de vocês?
E
as letras, que são bem poéticas, como elas surgem para a banda até se tornarem
uma musica?
Algumas
canções já vem pronta, com letra e melodia. Outras vezes escrevo as poesias e
apresento ao grupo. Não há um processo determinado, mas quando o grupo abraça a
canção, ela ganha um pouco de cada um do grupo. Temos um cuidado grande em
deixar que a canção nos diga qual o caminho. Como não somos uma banda de um
estilo específico, nos deixamos levar pela essência da poesia, seja um rock ou
uma bossa nova.
E
a “Tiltcam Pirigulino”, como surgiu essa ideia? Onde os leitores do blog podem
assistir aos programas?
A
TiltCam foi uma sacada surgida entre tantas ferramentas desse mundo digital. A
possibilidade de nos apresentar ao vivo para todo o mundo (sim ela é assistida
até no Japão) nos deixou empolgados. Após dois anos nos apresentando quase
todas as segundas-feiras, estamos passando por um momento de estudo dessa
ferramenta. Quem quiser assistir as edições antigas podem acessar através do
endereço www.pirigulinobabilake.com.br/ tiltcam
Um Tiltcam do Pirigulino bem legal:
Um Tiltcam do Pirigulino bem legal:
Que
música(s) você indica do Pirigulino Babilake para os leitores do blog?
Onde
os leitores do blog podem encontrar as músicas e mais notícias da banda
Pirigulino Babilake?
Os
leitores do blog podem conhecer mais do nosso trabalho no nosso site www.pirigulinobabilake.com.br ou através de nossas redes sociais (www.facebook.com/ bandapirigulino).
Nossa música mais nova, Quarto Crescente, está participando do Festival da
Educadora FM e pode ser ouvida (e votada) através do site http://www.irdeb.ba.gov.br/ festivaleducadora.
Obrigado
pelo espaço e viva a música brasileira!
Obrigado a você Pietro, por essa
educação e essa simpatia que só você tem!
Um vídeo deles que gosto muito:
Música linda!
Um vídeo deles que gosto muito:
Música linda!
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