Estou pose poste
por trás do sorriso
sou morte.
De mim só querem o
melhor
o pior me deixem no
lixo.
Dentro de mim um
grande reboliço.
Estou farto e fico
falso
me contradigo saio correndo quero energia
energia pra continuar
a ser poste
e iluminar as
esquinas
e iluminar as
varandas
e iluminar meus olhos
e minhas angústias.
O fraco de mim vive
mais
forte de mim se
mostra mais
e o forte está seco.
E o meu medo é
continuar sem saber que som ouvir
ou que palavra seguir
ou que lado dormir.
Preciso dormir.
Não durmo mais
tenho andado sonha(n)do
e a vida passa, sem
ir, de um lado
negro
do medo.
Enquanto faço de
conta pra todos que sou luz
objeto que tristeza
de outros reduz
me afundo em
abstração.
Tento escapulir de
mim e dessa dor
mas não consigo.
ME PERDOEM.
Me perdoem.
Sou sim vestígio e
objeto
sou corpo vago vasto
largado.
Me perdoem, pois se
não, me poupem
Me deixem como estou
e vou.Tassiano Simões
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Tassiano Simões, poeta russo radicado na Bahia.
Ele, há 31 anos, é morador da bela Barra do Itariri.
Começou a escrever há apenas sete anos. E com os seus 56 anos de idade está reunindo poemas para publicar o primeiro livro.
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