domingo, 20 de abril de 2014

Poema de meu amigo e poeta Joe Ferry

Minh’alma dilacerada
Meus olhos cheios d’água
Não respiro direito,
Não me entorto nem espreito nada...
Há uma faca em meu peito, mas não há de sangrar!
Coalha em mim toda ira e tristeza, enfim... 
Até pareço perecer em mim mesmo...
Como se não me tivesse ou não me fosse
A poesia é apenas o meu esconderijo,
Já que os heróis, aqueles rijos de outrora,
Só existem nos quadrinhos ou nos caminhos
do meu imaginar...
O que de bom eu faço, aquilo que é meu dom
é apenas me embriagar,
Não sou nada nem ninguém, nem Pessoa,
Sou um pária, estou aquém de tudo isso...
E é tão vulgar!
Não quero ser livre...
Alguém me prenda em um “eu” menos torpe ou covarde,
Mais amor, mais coragem...
Meu choro não vale nada, nenhuma lágrima exprime
A dor que, de tão dolorosa, nem sinto mais...
Deve ser a cachaça
ou quem sabe a fumaça...
Deve ser o meu “eu” se desfazendo de mim
Por vergonha ou o que o valha
Embriago-me outra vez
Pra que me esqueças de vez
Ou me faça esquecer!

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Joe Ferry é escritor, poeta, compositor, músico e boêmio profissional. 

https://www.facebook.com/joe.ferry.750


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