sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Com o afeto - conto do livro "afetos, abismos & engenharias"

Com o afeto

Apesar de não ter como mudar suas impressões digitais, existiam outras mudanças necessárias para fazer funcionar o ideal que movia sua vida. A primeira mudança foi nas bochechas. Precisava deixá-las mais rosadas e menos arredondadas. O olhar era praticamente igual. Ele dizia que nascer com esse olhar foi o maior presente que Deus lhe deu. Mudou as bochechas e a testa. E o rosto ficou praticamente gêmeo. Os olhos tinham a mesma cor e tom. A alma era diferente, mas eram irmãs no querer. Isso era uma certeza em seus sonhos mais profundos. O pescoço do ídolo era mais afinado e longo, ele não perdeu tempo e fez também uma cirurgia que lhe conferiu essa característica. Implantou mais cabelos em sua caixa de peito malhada, como o ídolo tinha. Mudou a cor de seu cabelo. Fazia questão de ter o mesmo penteado e corte de cabelo do ídolo. Ele tinha que malhar, pegar pesado, como seu ídolo. E pagava com sacrifício umas das melhores academias de sua cidade. Nela, ele malhava com afinco. A intenção sempre foi seguir toda a exuberância de seu deus, ficando igual, espelho, semelhante ao ídolo. Por isso, até os exercícios na academia eram iguais. Se um dia alguém o confundisse na rua com seu ídolo, gozaria, planaria, entraria em catarse por causa dessa pessoa que o confundisse. Ele não iria negar. Ele diria que sim, que era o seu ídolo e até daria autógrafos. Isso, fazendo todos os trejeitos do ídolo. Ele treinava em casa para quando esse dia chegasse. Ele conseguiu mais dinheiro com seu esforço diário, trabalhando dobrado, e fez uma cirurgia que deixou seu pé no mesmo tamanho e com os mesmos pelinhos do pé de seu ídolo. Ele viu a foto do pé do ídolo em uma revista de celebridades. A matéria falava sobre “os pés mais bonitos do mundo”. Ele mudou o formato de sua mão, queria e conseguiu ficar o máximo possível com a mão parecida com a do seu ídolo. Mudou as bolsas de cansaço embaixo dos seus olhos. Era agora o espelho quase verossímil do ídolo. Um gêmeo nascido de outra barriga. Sua vida girava em torno do seu ídolo, o anjo que guiava as vontades e prazeres de sua vida.
Ele fez mais de quarenta e uma cirurgias para ficar praticamente igual ao seu ídolo. Faltava alguns detalhes, como os dentes. Os seus eram grandes e brancos, os do seu ídolo, pequenos e um pouco tortos. Isso soava para ele e para a mídia como charme no sorriso do ídolo. Faltava também uma depilação permanente na bunda para ficar sem cabelos nas nádegas. Ele sabia que seu ídolo não tinha cabelos na bunda. Só depilar não servia. E faltavam-lhe outros pequenos detalhes, pois ficar igual a outra pessoa exige amor, vontade cega, tempo e dinheiro.
Um dia, depois que saiu do trabalho, uma besta parou ao seu lado enquanto caminhava na calçada. Homens grandes e fortes saíram do carro dando-lhe socos na barriga e na nuca. Ele não resistiu e pelos brutamontes foi levado.
Vendado e sem ter noção do que acontecia, rezava. Ele estava preso em algum outro lugar. Pelo vão que ressoava sua voz, o lugar parecia um galpão. Uma pessoa chegou perto dele e disse:
_Sua intenção é qual? Ficar como o grande e célebre artista Vandré Sol para trabalhar como seu sósia ou ser o Vandré Sol?
Ele não disse nada. Ficou calado e assustado com a situação.
_Não vai me responder?
Ele estava calado por medo. Alguns segundos de silêncio e sentiu em seu estômago um soco. Ele borbulhou de dor.
_O que você quer? – ele perguntou, choroso.
_Quero que me responda.
_Responder!?
_Sim. Sua intenção é qual, ficar como Vandré Sol para trabalhar como seu sósia ou ser o Vandré Sol?
_Como assim?
_Dá outro soco nele – a voz ordenou.
_Espera! Não faz isso. Eu quero ser ele. Estou aqui por causa disso. Vocês são algum tipo de grupo radical que é contra pessoas que seguem seus ídolos à risca? Eu amo o Vandré Sol. Não fiz e não faço mal a ninguém. Me deixem...
_Calma, garotão. Não precisa ter medo.
Ele fica calado, mas quase choroso.
_Você percebeu que está amarrado em uma cadeira que tem rodas para te deslocar. Percebeu?
_Sim – ele diz, ainda receoso com a situação.
_Vamos te levar pra outra sala. E, nessa sala, você tem duas opções. Seguir o que me disse agora ou voltar pra cá e ser mais um na estatística de desaparecidos.
Ele não entendeu muito, mas ficou calado. Sentiu alguém deslocando a cadeira que estava para outro local. Ele ainda estava vendado e com muito medo.
Depois de três minutos, chegou ao destino a que foi levado. Uma voz, que mexeu com seu coração, disse.
_Você me ama e daria sua vida por mim?
Ele ficou calado, sem acreditar de quem a voz poderia ser.
_E aí, você é meu maior ídolo?
_Vandré?
_Sim.
_Vandré, pelo amor de Deus, me ajude! Uns caras me raptaram...
_Eu mandei fazer isso.
_O quê? Como assim?
_Cala a boca um pouco e deixa eu falar.
_Ok. Por você faço tudo!
_Há dois anos atrás fui diagnosticado com uma doença degenerativa e rara. A pessoa que tem aparecido em meus compromissos não era eu. Era um sósia como você quer ser.
_Não sou um sósia. Quero ser você. Entenda o espírito da coisa.
_Tudo bem, mas me ouça.
Ele ficou em silêncio e Vandré, seu ídolo, continuou:
_A minha imagem está mais parecida com um monstro do que com uma celebridade.
Como se houvesse alguma diferença.
_Como assim? – ele pergunta.
_Essa doença destrói minha pele e me faz envelhecer muito rápido. Entende?
_Sim, mas como posso te ajudar?
_Você será a próxima pessoa que me substituirá nos compromissos que tenho.
_É sério? – ele pergunta, sem acreditar.
_É sério. Faremos mais algumas mudanças plásticas em você. Tudo pago por mim. Mas você tem que assinar um contrato antes, de confidência.
_Faço tudo para ser você.
_Ok. Mas...
_Eu quero te ver, tira a venda!
_Não me interrompa. Ouça com atenção – ele faz que sim com a cabeça. – O último sósia, depois de algum tempo, começou a ter uma loucura de estrelismo e nós o eliminamos. Entende? Você está aqui pra me servir. A única estrela que existe nessa situação sou eu, o grande astro Vandré Sol.
_Entendo. Eu te amo o suficiente e faço o que você pedir.
_Ok. Vamos espalhar entre seus amigos e conhecidos que você morreu. Faremos um enterro falso. Você viverá para ser eu.
_Ótimo. Isso que eu sempre...
_Eu sei. Eu sei. O último cover me disse algo parecido. Por isso vou repetir. Esse contrato que vai assinar lhe garante viver como eu e te obriga a obedecer ao meu empresário em tudo. De acordo com a minha conveniência.
_Faço tudo por você. Mas agora tira a venda, quero vê-lo, por favor!
_Não. No contrato também especifico isso. Estou muito feio pra qualquer pessoa me ver. A partir de hoje, você será eu.
Ele sorriu em esplendor.
_Silva! – O ídolo chama um segurança que estava presente na situação. – Tira as calças dele. Desamarre e o amarre de costas na cama.
_Ei, o que é isso? O que vai acontecer?
O ídolo dá uma risada estridente e diz:
_Calma, meu rapaz. Estou brincando. Quando eu for comer seu cu, será com o afeto de sua permissão.
_Como assim?
_Tou brincando. Mas Silva vai tirar suas calças agora, preciso ver o tamanho de seu pau. Quero ver se precisaremos fazer plástica nele pra aumentar, pois vou posar nu em breve. Quer dizer, você irá fazer isso em meu lugar.
O Silva tira as calças dele, o novo Vandré.

_É! Você tem um pau que não passará vergonha no ensaio de nu artístico que farei.  


//////////////////////

Leia outros contos do livro no e-book em miniatura copiando e colando o link abaixo no seu navegador:

http://issuu.com/joseaugustosampaio/docs/ebookminiaturaafetosabismosengenhar 


domingo, 26 de janeiro de 2014

Cegueira - poema do livro "Desigual"

Cegueira

A pior tristeza é aquela que ninguém enxerga em seus 
Olhos.










/////////////////////



Cole o link abaixo no seu navegador e leia o livro completo online:

http://issuu.com/joseaugustosampaio/docs/livrodesigualonline

sábado, 25 de janeiro de 2014

Chuva de sábado - poema inédito

Chuva de sábado

Como uma chuva de sábado
que esfria e abusa de minha alma
intuindo medo e ascensão
mistura que eleva as vontades
e desmortifica paixões.  
A sua beleza me excede
meus olhos ela persegue
como se sua boca já estivesse pronta
para um poema de ponta
ou só versos de quem sonha.  




sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

sábado, 18 de janeiro de 2014

Poemas são sopros solitários - poema inédito

Poemas são sopros solitários

Poemas são sopros solitários
Que rimam calados
Tirando pesos e belezas
Do leitor, sua realeza.

Os poetas escrevem os poemas
E são esquecidos sem pena.
Será essa a lei do mal agradecido
Ou poetas e leitores não podem ser amigos?    

Às belezas continuarei a escrever
Sou poeta, nasci para poetizar.
É no belo que meu verso crer.

Então, seja no céu ou no mar
Quero rimar sempre para você
Meu leitor, meu par.



Para formar um poema correto simétrico médio amplo
Mas com a junção perfeita
Como dois olhos que se fitam
E se amam.



////////////

Poema nunca publicado antes em nenhuma dos meus livros de poema publicado anteriormente. 

Sopro - poema inédito

Sopro

I

Pior que uma folha em branco
E uma cabeça sem ideias
Será o caminho que me espera pela frente
Rente e serpente.

Pior, no sentido de mistério e impossível.
Impossível, no sentido de que ainda não aconteceu
E se não aconteceu
Mistério, por assim dizer.

Assim digo
Como se quisesse criar um artigo
Ou poema mal escrito
Mas acabei de criar um dito que fico no escolhido
Talvez, verbos em versos
Seja em que formato for, fico.
Maior, menor, fácil ou forçado
Para distrair um momento, antes nunca vivido
Me permito.

II

São os trinta anos que chega sem aviso
É a vida que cansa e cessa as paixões emanas
Como um aviso de que é preciso se renovar
Como os vestígios intermináveis dos raios do sol e do colorido
Do mar e do céu límpido
Da chuva que logo vem nesse calor Teresinense, destemido.

A vida avisa, é preciso mais mudanças pujanças plurais paixões astrais sinais bocas sorrisos cheiros pupilas músicas danças mangas vinhos chuvas estradas nuvens peles vozes confissões desencontros relâmpagos línguas amarelos laranjas azuis
...
Como ocorre o tempo todo.

III

Vou solto ocorrer em vícios
Sem deixar resquícios.

IV

Se você piscar os olhos por mais de quatro milésimos atrasados que o outro querendo demonstrar que pisca diferente, ou por bondade, ou por maldade, ou por que está em dores, ou qualquer razão que venha a sua cabeça agora
Você é esquecido sem prenúncio e terá que vigorar
Como um sopro solitário
Como um lobo que arde em sede e fome
Se você quiser sobreviver.



 ////////////

Poema nunca publicado antes em nenhum dos meus livros de poema publicado anteriormente.

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Oração do amanhecer - poema de Tassiano Simões

Oração do amanhecer


Peço permissão
Para transmitir de meu molde
Sua forma anamórfica
Durante o dia que virá como pressão obrigatória
E vindoura de regras misteriosas e emblemáticas
De sua própria obra de obrar a criação
Sem necessidade do seu querer em si.

Peço, prece, que minha oração
Traga mais contemplação
Às facetas da vida que os olhos não enxergam
E menos erupção
Aos enfoques da vida que os olhos enxergam.
É preciso mais incomuns percepções
Mais prismáticas elucidações.


Assim seja nossa copulação metamórfica. 

/////////////////



Para ler o livro, copiei e cole o link abaixo no seu navegador:

http://issuu.com/joseaugustosampaio/docs/tassiano_sim__es_-_o_livro_das_ilum

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Dor nova - poema novo

Dor nova

Nos meus olhos uma pressão se estatiza
Todos os dias é dia de pensar sobre o que fazer
Para onde ir
Onde não morrer.

Se eu soubesse que palavras esse poema precisa
Eu nem o escreveria
Eu o gritaria

Para expelir à sua liberdade essa dor nova e febril.


/////////

Escrito em dezembro de 2013

Nádegas - poema do livro 'Desigual'

Nádegas

O brasileiro tem uma bunda na cara.
Se não aparece no espelho
Aparece trancado no banheiro.

Mas ainda assim há quem exiba
Um rosto elogiável

Com as nádegas e o ânus.


///////////////////





para ler o livro, copie e cole este link no seu navegador:
http://issuu.com/joseaugustosampaio/docs/livrodesigualonline

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Ele - poema do livro 'O outro lado do olho'

Ele

Deus, em todo tudo lugar, veio até mim
E disse:

_Vai lá! Você vai.


Afim, vou.

///////////////


para ler o livro completo, copie e cole o link abaixo no seu navegador:
http://issuu.com/joseaugustosampaio/docs/ooutroladodoolhoonline

Sem métrica - poema do livro 'O outro lado do olho'

Sem métrica

Sou sua
Você minha

Trepamos.

////////////



Para ler o livro copie o link abaixo e cole no seu navegador:
http://issuu.com/joseaugustosampaio/docs/ooutroladodoolhoonline

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

A igreja de Deus - poema de Tassiano Simões

A igreja de Deus


O Céu, em toda parte, é a igreja de Deus.

Não é preciso muros
Templos maiores
Castelos de ordem
Relíquias sacras, cultos
Santos, pastores, padres
Dízimos, doutores da fé
Ou mestres, ou ouvidores.

Para você ser bem-vinda
À porta da casa divina
É preciso não ter preconceitos
E ficar aberto, sem medo
Ao toque do Seu dedo:

O amor.

//////////////


Leia mais aqui:
http://issuu.com/joseaugustosampaio/docs/tassiano_sim__es_-_o_livro_das_ilum




quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Nostalgia - conto do livro 'Imagine alguém te olhando do escuro'

Nostalgia

Eles cresceram juntos na mesma vila. Quando eram pequenos, quase não se viam. Na adolescência, se amaram. Primeiro amor de ambos. Naquela época, ela escolheu ir para a capital, ele decidiu ajudar o pai na roça. Ela se fez profissionalmente e amou muitos. No entanto, estava perto dos 40 e não tinha filhos. Ele casou aos 22, porque engravidou a filha do vizinho da roça onde morava. Teve seis filhos. Aos quarenta, amava a família e fazia questão de não sair das terras herdadas do seu pai. Ela, para variar e aliviar as ideias, ia para a Europa quando era inverno por aqui. Não há nada melhor para a alma que o verão de Paris e as ruas de Mônaco. Ela afirmava às amigas de sua terra natal, que sempre reencontrava quando ia visitar sua família. Ele soube que ela andava pela cidade, mas nunca quis procurá-la. Ela anda de marca, carro importado, parece uma atriz da TV, eu estou careca e gordo, cheio de filhos para cuidar. Não quero problema para minha família e para minha cabeça. Ele afirmava aos amigos. Um dos seus amigos lhe disse: ela continua linda! Ele balançou a cabeça positivamente e disse: disso eu tenho certeza. Beleza como aquela nunca se acaba. Até porque os olhos nunca mudam e a beleza está na alma. Apesar de morar na roça, sempre gostou de ler, era culto. Ela, já mais fashion, adora festivais de cinema internacionais, visita feiras de literatura pelo Brasil e mundo, e sempre volta desses lugares com pacotes de compras. Adora os corredores de vitrines da última moda mundial em Nova York, Sidney, Londres, Dubai, etc.
Com 87 anos, ele já não tinha mais a roça. Seus filhos e netos internaram-lhe em uma casa de velhos. Era assim que ele chamava aquele lugar. Ela, depois de dois casamentos frustrados e ainda sem filhos, voltou para a sua terra natal e se internou nesse abrigo para idosos. Lá, pelo menos vou ter companhia. Ela diz, pensando em sair da solidão que é a vida perto dos 90 anos. Na primeira semana, eles se viram, mas não se falaram. Na segunda semana, com atitude dele, pois os olhos dela ainda eram os mesmos, sentou-se ao seu lado no almoço em grupo.
_Eu lembro-me de ti.
Ela sorriu e não negou também lembrar-se dele.
Depois desse dia, tornaram-se companheiros inseparáveis. A melhor hora do dia era quando passeavam pelo jardim de mãos dadas sob as luzes do sol invadiam as brechas das plantas das árvores. Todas as manhãs, ele fazia o café dela. Durante a noite, quando tinham que se separar, falavam de como era bom aquele passado. Um dia, ela descobriu que podia pagar uma quantia a mais para poder dormir com ele. Ele, à antiga, pagou para que isso acontecesse. Agora, todas as noites eles dormem juntos e se deliciam nos cheiros e toques trocados. O amor acontecia ali, enquanto a vida pulsava naquele eterno momento.

Depois de alguns meses de reencontro, ele faleceu. Ela, no jardim do abrigo, depois de dois dias, sorria sozinha com o suéter do seu amado, sentindo o cheiro doce na peça de roupa e a nostalgia que batia em seu coração. Apaixonada novamente pela vida, pensava qual seria o próximo destino na Europa.         

/////////////

Este conto pertence a história "Amores e Acasos". História que tem cinco contos curtos.

Leia mais contos do livro aqui:
http://issuu.com/joseaugustosampaio/docs/imagineonline


Minha parte feminina - do livro 'Imagine alguém te olhando do escuro'

Minha parte feminina

Só Eva e seu sexto sentido aguçado tiveram a coragem de ir contra a caretice de Deus. Por causa dela, a procriação, a vida e a arte de criar existem.

Pois Eva, no seu ato de desacato apurado contra o seu Pai CARETA, único procriador masculino individual (?) da história, fez o homem abraçar o poder de vida que é a mulher. Quando o homem não abraça esse poder de vida, a mulher, ele é apenas sêmen.

Pensem bem: o que não é feminina na hora da criação? A poesia é feminina, o poema (apesar do artigo) é feminina. A poesia e o poema uniram-se e fizeram a poemia, que é feminina. A arte é feminina, a natureza é feminina, o sorriso é feminina, o sexo é feminina, o olhar é feminina, o amor é feminina; Deus, que há milhões de anos atrás era careta e não permitia a Eva conhecer o bom da vida, entrou na moda e se diz feminina. Então Deus é feminina? Ou melhor, Deus é Deusa, uma bela menina, e criou a criação, outra moça intrigante.
         É pena que essa informação valiosa foi escondida durante esses tantos anos de machismo e ignorância. É bom saber o valor, o poder, e a vida que é e está na mulher, na Deusa! 
           No entanto, termino e digo: eu sou feminina. Vamos, camaradas, assumir a parte feminina da nossa alma e vida.

//////////////////////

Leia mais o livro aqui: