sábado, 26 de novembro de 2016

Castanho o infinito - Poema inédito

Castanho o infinito


Eu não compro uma camisa de oitenta
reais com o líquido da venda
dos meus livros.
Mas tenho uma barba descabelada
que me enche de orgulho
e autoestima.
Quando ouço algumas músicas
meus lábios se contraem
sentimentalmente a sorrisos
com sentimentalismos.
O exagero dos meus risos
e rios que trafegam planaltos
em busca do mar e da lua
e do seu sorriso, o exagero chega
inquilino. Me toma, sol e altivo.
E outras coisas
que não valem citar
por nenhum centavo
me matam
aos poucos
em partes íntimas
infinitas e cinzas
dentro de mim.
E minha visão no espelho
não é nada agradável
e rima com deplorável.
Mas arrisco dizer
que meus olhos são lindos
e olhar castanho o infinito
me deixa sã
e vivo.





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