quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Mal súbito - poema do livro "O outro lado do olho"

Mal súbito

Sim. Sofro por amor e como sofro amor.
E muito sofro o amor.

Travesso atravesso meu coração pra ver se recebo outra forma de aflição.
Sou fadado-amado até os dentes 
Como todos e suas vitaminas, vestimentas
E mentes.
E ainda me falta paixão.

Emaranhado, desorganizado e agonizado 
Suado e excremento
Sem lamento
Estou vivo.
Sim, Vivo!
Sou forma obrigatória de vida 
E não deixo meu vício de estar em meu umbigo.

Travesso, atravesso meu coração cedido para comer, aflito, o amor.

Solto o amor.
Aceito a sede.
Fico incolor.
Trepido meu coração.
Não sinto minha pele.

Sofro. Sofro o amor.

Hoje e nunca.

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