segunda-feira, 18 de novembro de 2013

O Amor - poema do livro 'O outro lado do olho'

Este poema foi feito em 2002 e é um dos mais antigos que tenho publicado.

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O Amor

O amor cego absoluto não ver, não enxerga
não enxerga absolutamente nada.
O amor surdo
(você pode sair gritando por aí que ama e ama e ama e ama)
ele não ouvirá.
Eu sei, pois sussurro, imploro, declamo, ele não me ouvi.
O amor não fala, não grita feito louco.
O amor não cala, não há boca
não há lábio
não há silêncio, nem sorriso
o amor não fala, é mudo, não miúdo ou imundo.
ele paira sob mantos e mundos.
O amor sem braços                                     abraços
o amor sem corpo
            cem corpos em grude                                             (o sexo é amor).
O amor está no outro e vem do outro como suor, grudando ao seu corpo.
O amor não se chama amor, não precisa de definições
é elemento vivo, sem nome
nem identidade.
O amor não chora
não tem olhos
o amor é cego.

O amor sente o amor
o amor sente por nós (?)
vamos deixar o amor nos sentir.


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Leia mais no link:
http://issuu.com/joseaugustosampaio/docs/ooutroladodoolhoonline


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