sexta-feira, 12 de julho de 2013

Ouça "Todos os santos" primeiro EP de Hugo Trincado e veja uma entrevista feita com o artista

Quando perguntei ao Hugo Trincado como eu poderia apresentar o trabalho da banda Trincado em meu blog, ele me enviou esse texto:

Grupo musical que reside em Teresina-Pi e navega o mundo saltando em melodia e sopro, ferindo o tempo mantendo o olho nu. 
Gente de moleira quente e coração pegando fogo.
Se estiveres lendo, já é parte. Notaste a energia em movimento? 
Boa viagem...
TRINCADO  

E o seu EP de estreia realmente é uma viagem de ritmos e boas composições. Na primeira vez que ouvir, gostei. Não poderia ser diferente, há mais de seis anos que conheço o Hugo e sempre gostei de sua arte. 
Agora convido meus leitores para conhecer essa viagem musical de qualidade inquestionável. 
Para quem gosta de música boa, vale a pena clicar no link abaixo e conhecer o trabalho "Todos os santos" do Trincado. 
E se você quiser saber mais sobre esse trabalho, basta ler a entrevista que fiz com Hugo em primeiro mão para o blog...   


LINK PARA O EP "TODOS OS SANTOS"






ENTREVISTA COM HUGO TRINCADO:

- Hugo, de onde vem a palavra “Trincado”? É a sua banda, seu nome artístico, ou nome do seu primeiro trabalho?
Trincado foi a forma que encontrei de demonstrar minha fragilidade quanto artista. Fazia parte do grupo Trinco e quando o grupo resolveu parar, me senti bem frágil. Depositei muita energia na trinco e mais uma vez notei que abrindo portas, driblamos o tempo. A trinco me ajudou a perceber isso, e com a paralisação do projeto eu tive que me refazer, reavaliar meu jeito de lidar com a música e revisitar cicatrizes pra entender meus atuais ferimentos.
Gravei um EP usando o nome Trincado, mas hoje depois de banda formada e realizando shows, o grupo agora se chama Trincado e a Solução.


- Qual a relevância musical e, ou social, que o seu primeiro trabalho “Todos os santos” traz?

Não me sinto capaz de avaliar a relevância do disco pros outros, mas foi um alívio gravar e jogar essas cantigas no mundo, algumas são bem antigas e outras foram sentidas como conforto, aquela mínima tranquilidade que te faz continuar depois de muita labuta.


- Ouvindo o LP “Todos os santos” sentir uma pegada bastante pop-regional. Esse tom regional vem de suas influências nordestinas, ou de um regionalismo que abrange todo o Brasil, ou se limita às suas influencias piauienses e maranhenses?

Hoje mesmo estava com um amigo e ele cantarolou uns versos de roda de capoeira, ouvindo-o cantar fiquei pensando como são incríveis as cantigas de roda nordestina, a influencia africana, a facilidade verdadeira de se ritmar. O nordestino criou um jeito seu de falar o português lusitano, uma forma bem musical, as rimas são fáceis e fortes. Passei minha infância no maranhão sempre ouvindo as batidas do candomblé e nas festas juninas os tambores de bumba meu boi, quando vim pra Teresina não foi diferente.


- Senti também uma pegada de rock, que influências musicais norteiam a sua música e composição?

Acho que todo trabalho que fiz até hoje tem muito do rock, de guitarra porque talvez seja o estilo que mais ouço e mais identifico na música feita no mundo, adoro guitarra, efeitos de pedais pra guitarra, gosto da acidez do rock e adoro o peso e a verdade dos tambores e vozes dos rituais tradicionais.


- Qual a música do LP que você destaca para meus leitores do blog? E porque essa música?

Gosto muito de Magia Ubajara, foi uma música que me veio meio a mata em uma serra na cidade de Ubajara-CE. Ela veio toda pronta já com a ideia de ser um reggae com batida de bumba meu boi, um presente, veio toda feita pro meu pensamento, letra, melodia, arranjo...só dias depois quando voltei pra Teresina eu passei pro violão, foi mágico.



////

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comentem, mas deixem seu contato para que eu tenha o direito de resposta.