terça-feira, 9 de julho de 2013

Texto poético de Karine Aleixes



Bom, a Karine conheci a pouco tempo. E nesse pouco tempo ela já me afirmou que não é escritora, mas escreve esses trechos belos e vez em quando publica no facebook dela:

Fiz questão de colocar o texto dela aqui, pois gostei muito a forma poética e criativa que está escrito.

E ele disse: “Gosto dos seus olhos, eles parecem esconder algum segredo dentro desse olhar distante...”. E olhando para ela disse que queria os descobrir. E ela pensava: “Maluco... não queira.” E naquele banco de praça, deitada em suas pernas, o tempo passava. Observava-a, sentado, enquanto ela sibilava, cantando, alguns versos de “Glass in the park”. Seu semblante era calmo. Sereno. Passivo... Calado. E imaginou Alice, no seu próprio e estranho país das Mara”valhas”. Às vezes, lembrava a descrição dos versos significativos e sensivelmente trágicos e exacerbados do livro das mágoas de Florbela. Amélie, quando se encantava pelas fábulas dos seus pensamentos, suas estranhas inspirações... E, Oliver (seu personagem preferido, um esquisito perdido num mundo que não o entende...), quando via seu modo meio lunático de imaginar as coisas ao seu redor. E ria... Sobre sua maneira perspicaz de se sensibilizar por coisas que ninguém “via”... Ou, quando ela comentava sobre seu gosto exagerado por “reticências”, suas teorias a respeito da chuva ou sobre os “sinais” que surgiam. E ela lhes dizia que nunca mais tinha escrito uma poesia. E ele perguntava o por que. E ela dizia que num mundo de fábulas de Amelie, no país das Mara”valhas” de Alice e no livro das mágoas de Florbela... Elas cá lhes diziam que são tempos difíceis para os sonhadores, essa pós-modernidade que torna o dia-a-dia uma loucura, deixa-nos lotado de obrigações e deveres a cumprir (...)


Karine Aleixes

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